terça-feira, março 12, 2002

Pelo Menos Uma Vez

- Acho melhor a gente terminar.

- Como assim? Você tá doido? Logo agora?

- É. As coisas não podem continuar assim. Tá tudo muito estranho.

- Ah, não. Não vou aceitar isso.

- Tenta me entender...

- Que entender o quê! Você não pode fazer isso comigo!

- Não estou fazendo nada com você.

- Claro que está! Você acha justo me deixar logo agora?

- Não é questão de justiça. É questão de necessidade.

- Necessidade! Hahaha! Necessidade de quê?

- Você não iria entender...

- Me diz!

- É melhor não.

- Você tá me magoando assim.

- Desculpa, não era a intenção.

- Mas você disse que me amava...

- Pois é...

- E não me ama mais?

- Não é bem assim. Apenas descobri que o amor é muito relativo.

- Como é? Relativo?

- Isso.

- Olha, desisto de entender você. Faz um favor?

- É claro...

- Veste a sua roupa e dá o fora daqui!

- Tá bom... não precisa ficar irritada...

- Mas antes, será que você faz uma última coisa?

- O quê?

- Me come pelo menos mais uma vez?

- Tá... mas você acha que isso vai ser bom?

- Pelo menos uma vez tem que ser.