domingo, setembro 23, 2001

Sincretismo

Hoje acordei com uma sensação estranha. Não sei bem o porquê, mas tive a sensação de que as coisas tornaram-se bem diferentes em minha vida de uns tempos para cá (não poderia precisar desde quando, mas digamos que tempo suficiente para originar reflexões e devaneios diversos a respeito disso vindos de minha parte), e senti isso de maneira positiva, como se, no meio de um caminho errado, eu parasse e visse que era hora de seguir o rumo certo. Mas não sei mesmo de onde surgiu essa sensação. Estranho, não?

Hoje acordei com um pensamento engraçado. Não sei bem o porquê, mas acordei desejando ser uma outra pessoa, uma pessoa diferente da que fui até agora (não poderia precisar de que forma, mas digamos que diferente o suficiente para não originar reflexões e devaneios diversos a respeito disso vindos de outras pessoas), e senti isso de maneira inexpressiva, como se eu quisesse ser uma pessoa menos fria, menos cínica, mais certa. Mas não sei mesmo de onde surgiu esse pensamento. Estranho, não?

Nem tão estranho assim. Pensamentos e sensações desse tipo me acompanham com freqüência, desde que minha (fraca) memória registra a existência de vida nesse corpo. E talvez sejam até mais recorrentes do que trivialidades, fatos comuns à grande maioria da humanidade. É complexo, eu sei, mas até que me entendo melhor por crer nisso. Quase sempre o entendimento disso tudo é feito de maneira pouco usual, bem abstrata, o que impossibilita qualquer explicação. Mas não deixa de ser uma forma de entendimento. Às vezes gosto de estar ambíguo, ser um equívoco, mesmo que eu seja mais simples e mais certo do que pareço ser.

Para alguns, o que estou falando deve lhes parecer mais familiar, deve ter algum sentido. Para os demais, porém, não deve passar de um momento de loucura meu, de um texto sem sentido, de meras palavras desconexas jogadas num papel. Eu diria que ambos estão certos. Só não sei o quanto.

Hoje acordei confuso.