quinta-feira, junho 02, 2011

A primeira de todas iguais

Às vezes eu busco botar um pouco de felicidade em mim. Ouço uma música, vejo um filme, leio um livro. Mas parece que sempre existe algo aqui dentro que atrapalha todo o plano, que me faz lembrar que a tristeza é regra, e não exceção. E assim um texto novo brota, fruto de uma inspiração que eu adoraria não ter. E com ele vem a saudade, a ausência, a angústia – só não vem você, seja lá quem você for. Nunca sabemos, não é?

Reluto, insisto, paro de escrever. É quando vejo que há uma parte do que eu sou que precisa sair, e as palavras são a maneira que encontrei para isso acontecer.

É sempre assim.

Não sei se porque as lágrimas já rarearam, não sei se porque os suspiros já silenciaram.

Talvez porque a sua voz eu nunca (mais) ouvi.

Eu só sei que escrevo. Não aprendi a dizer.

E no papel encontro o remédio para a solidão que eu cansei de sentir.