quarta-feira, junho 05, 2002

Por Agora

Segurou as mãos dela com força. Mesmo aquele gesto já repetido tantas outras vezes lhe parecia ser diferente agora. Sensações novas tomavam todo o seu corpo, sem que deixasse esconder toda a felicidade sentida por ele naquele momento.

Ela olhou em seus olhos com ternura. Deu um sorriso único, aquele que ele sempre dissera ser o mais bonito de toda a sua vida, e o abraçou demoradamente. Sentia-se feliz como há muito não conseguia. Apesar de tudo que havia acontecido, parecia que seu lugar era mesmo ali.

Beijaram-se. Não um beijo ansioso, mas singelo. Puro e lento. Diferente de todos os anteriores. Nem melhor, nem pior. Apenas diferente. Com gosto de vitória, talvez. Mas não de certeza, porque há um clichê de mais pura verdade: na vida não se tem certeza de nada.

E é da dúvida que surge a esperança de que algo possa ser a cada dia ainda melhor.

E é por agora que se vê tudo isso.